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Racismo Ambiental

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Chamamos de Racismo Ambiental às injustiças sociais e ambientais que recaem de forma implacável sobre grupos étnicos vulneráveis e outras comunidades, discriminadas por sua origem ou cor” Tânia Pacheco.O debate sobre Racismo Ambiental no Brasil emerge a partir do acirramento dos conflitos socioambientais gerados pelas políticas de desenvolvimento econômico hegemônicas, em nosso País e no mundo. Os movimentos sociais, organizações da sociedade civil, críticos e intelectuais denunciam que tal modelo de desenvolvimento tem historicamente se baseado na sobreexploração dos bens ambientais e de grupos sociais considerados inferiores. É o caso das populações pobres dos centros urbanos, das populações negras, dos povos indígenas, de ribeirinhos, pescadores, quilombolas e outras comunidades cujos modos de vida e trabalho estão diretamente associados aos ambientes naturais, sobre os quais são moldadas suas culturas, tradições e demais dimensões de suas próprias existências.Os impactos provocados pelas formas de ocupação do nosso território, marcados por grandes projetos econômicos como a siderurgia, as monoculturas, a carcinicultura, as barragens, as hidrelétricas e termelétricas, e o turismo predador, dentre outros, colocam em risco a continuidade do planeta e a soberania dos povos. Em nome da ganância, de uma acumulação centralizadora e concentradora de riquezas, produz-se e agrava-se cada vez mais a pobreza e as desigualdades no mundo.

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